Trabalho há onze anos. Nos primeiros três - quase quatro - fiz estágios, passei recibos verdes, dei explicações para poder equilibrar um salário baixo e pagar as contas, estive um mês e meio sem emprego, enviei uns noventa curriculos nessa altura, tive que aceitar outro estágio, apesar de ter mais de dois anos de experiência... no fundo, fui precária. É claro que tudo teria sido mais fácil se me tivesse mantido em casa dos meus pais, mas não me fazia sentido aos vinte e três anos não ser independente. Fiz o que estava ao meu alcance para lutar por essa independência, passei mesmo por algumas dificuldades, mas consegui. Quando me casei, as coisas tornaram-se um pouco mais fáceis, mas havia sempre um sentimento de insegurança que advinha do facto de estar sempre na corda bamba, e esse sentimento só passou quando entrei para os quadros de uma empresa. Porquê? As razões de cariz financeiro são as mais óbvias. Ter estabilidade financeira...
O fundo do poço quando visto do fundo é a entrada do poço. E essa deve ter porque se não tem fundo fundo nem topo não é poço. A menos que seja um poço só com meio. Já não me lembro do que ia dizer, por isso vou ficar a meio. Do poço.
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